Coaching Interativo Sistêmico: desenvolvendo estratégias

ESTRATÉGIA

Todos caminhamos aqui e agora em busca de resultados. Alguns de nós mais assertivamente, outros nem tanto, basicamente produto da estratégia que escolhemos utilizar.

Quando falamos em estratégia, necessariamente nos perguntamos: Como alcançar os resultados que sonhamos e desejamos?

Este “como” nos remete ao conjunto de ações e comportamentos que deveremos desenvolver e realizar para alcançar os nossos objetivos, ou seja, o conjunto de estratégias que serão o nosso mapa, a nossa rota em busca de um resultado esperado.

Precisamos entender e respeitar que o mapa do sucesso é baseado no modelo mental, no mindset de cada um, e que nem sempre o mapa de “A” funcionará para “B” e vice-versa, pois quando falamos de pessoas, falamos da subjetividade humana e esta, por si só, é um mecanismo único. Esta “chave” é utilizada para interpretar e acessar a realidade externa e todas as interfaces de relacionamento que estipulamos ao logo da nossa vida. “Uma chave única, sem cópias, ou seja, somos singulares em um mundo plural”.

De forma tola, na maioria das vezes utilizamos caixas para padronizar as ações e comportamentos humanos, isto acontece principalmente no mundo corporativo e tem a finalidade de alcançar aquilo que esperamos. Dependendo do modo como este processo acontece, seria como colocar cercas, limites onde não há limites e, talvez, o céu não seja o limite como nos foi ensinado em algum momento da nossa vida. Isso faz sentido para você?

Entender a realidade externa e como a representamos internamente é estabelecer uma estratégia individual dentro de um ciclo de aprendizagem em contextos individualizados no nosso universo. Importante também a checagem da ecologia das estratégias, fazendo-nos os seguintes questionamentos: O que muda quando eu alcançar este objetivo? Para quem muda e o que ganhamos ou perdemos? Qual é o impacto desta mudança na minha vida e na vida dos que nos rodeiam? Esta checagem é parte fundamental de uma estratégia sistêmica, sustentável e duradoura.

Quando falamos em sustentável e duradoura, nos referimos a encontrar dentro de nós os recursos necessários para alcançar e manter a mesma performance que nos levou a atingir o resultado estabelecido e essa é a “estratégia das estratégias”. Por que afirmamos tal fato? Porque quando atingimos esse patamar, não ficamos mais dependendo de fórmulas, poções mágicas e etc. para alcançarmos o sucesso.

Desta feita, a pergunta a se fazer é: qual é a sua estratégia? Como você alcança os seus resultados e objetivos?

A neurociência nos ensina sobre a força do hábito que gera padrões e comportamentos que nos conduzem a resultados específicos. Seria isso o suficiente ou seria apenas a ponta de um iceberg para algo maior que existe dentro de cada um de nós? A modelagem da excelência humana comprova que podemos expandir o nosso mindset de acordo com o resultado que desejamos alcançar.

Olhar para estes padrões existentes dentro dos sistemas a que pertencemos, transitando e nos relacionando de forma harmônica com as partes e o todo, nos conecta com o nosso poder de realização pessoal. Tarefa dispendiosa que nos remete a um mergulho em busca da nossa essência nesta jornada. Somos apenas um pedacinho de algo maior, somos o micro de um “todo” ao qual chamamos “vida” e essa vida que é o “macro”, se reproduz na nossa existência.

Desenvolver estratégias sistêmicas é fazer com que a grande roda da vida gire na sua totalidade e plenitude, mergulhando dentro da subjetividade humana, dos sentidos e dos significados que cada um possui, não há necessidade de inventar ou reinventar a roda, basta apenas fazê-la girar, deixando vir o que precisa vir e ir o que precisa ir, e acredite: isto é terapêutico. Traz leveza, despressurizando a nossa caminhada e existência.

O homem, na sua grande corrida por resultados, está cansado e fadado a ficar à margem de tudo e de todos, inclusive de si mesmo, e este último conduz à grande dor da humanidade, uma dor invisível, que mata lentamente sem deixar rastros. E para que não haja frustrações no ato final, pergunte-se agora: Está valendo a pena viver a vida que eu escolhi viver?

Pensem nisso, fiquem bem e sejam felizes!

Fonte: Luiz Simões – Coach | Escritor | Palestrante

Artigo redigido para a Revista Educação Profissional e disponível na página 30 da Edição nº 5.